quarta-feira, 27 de abril de 2011

PRODUÇÃO CULTURAL NO BRASIL



As entrevistas (101 no total) mais longas com produtores culturais brasileiros, já estão postadas no site oficial do projeto e podem ser baixadas na íntegra. Acesse:




segunda-feira, 25 de abril de 2011

O QUE VEM POR AÍ...



VI ALDEIA DE ARTES SESC

FLICTS - Ziraldo



LUÍS MELODIA + FELIPE CORDEIRO + JULIELE

ZEZÉ MOTTA


Só tô lhe contando que é pra lhe dar água na boca...

domingo, 24 de abril de 2011

O PAI E A FAMA




Tem cada coisa que a gente lê nessa vida que puxa!... Refiro-me a coisas legais, incríveis. No amanhecer deste domingo à procura de um bom "passatempo” pra passar as horas, e ouvindo os discos do Chico Buarque de Hollanda, da coleção Abril Cultural que completei esta semana, encontrei no livreto do álbum o depoimento do pai, Sérgio Buarque de Hollanda, quando Chico, em fins dos anos 1960, despontava no estrelato. Olha só o que o grande historiador Sérgio escreveu sobre ele e que foi publicado no jornal Folha de São Paulo em 19 de outubro de 1968:

“O sucesso veio de repente, sem que ninguém esperasse. Recebi a notícia de que Chico tinha ganho o Festival de Música Popular Brasileira com A Banda, quando estava em Nova York. Um jornal norte-americano publicou a notícia. Claro que me senti muito orgulhoso. Cheguei à conclusão – o que uma revista publicou na época – de que, antes, ele era meu filho. E, depois do festival, eu passei a ser o pai dele. Não há posição melhor. Têm surgido boatos por aí de que eu componho as músicas para ele. Mas, meu Deus, quem sou eu para ter tanto talento? Se eu soubesse escrever músicas como ele, há muito tempo não seria eu mesmo, mas Chico Buarque de Hollanda. (...) Eu sei o que eu estou falando. Sou seu pai há 23 nos.”

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ESTÁ NA FOLHA DO ESTADO



ANA DE HOLLANDA E CAETANO VELOSO FALAM SOBRE CREATIVE COMMONS E DIREITOS AUTORAIS

Duas grandes, oportunas e esclarecedoras entrevistas li esta semana nas revistas CULT e Bilboard Brasil. A primeira, com a ministra da Cultura Ana de Hollanda. E a segunda, com o compositor/cantor Caetano Veloso. Ambos tratam praticamente do mesmo assunto: a polêmica envolvendo o Creative Commons, cujas licenças a ministra retirou do site do Ministério da Cultura (MinC). Por causa dessa medida as reações foram detonadoras. E a ministra – de dentro de sua experiência de administradora - respondeu assim às reações: “A página oficial não é um blog. Ela tinha a marca do Creative Commons, um link em que você clicava e era direcionado para uma entidade privada. Ela desenvolve esse trabalho de licenciar obras para a internet. Não é a única que faz isso. E também as pessoas não precisam passar por nenhuma entidade. A lei já permite que você faça diretamente. Você própria autoriza da forma que achar melhor – com cobrança, sem cobrança, para uso comercial ou não. Isso depende do autor. Por outro lado, eu não poderia privilegiar uma dessas entidades sem nenhuma licitação. Mesmo que a lei não atendesse a isso [a liberação do conteúdo], teria de haver uma licitação. Não tinha nenhum processo, não tinha nenhum contrato. Então é uma questão administrativa. Eu não posso ter nada que não tenha passado por uma análise jurídica”.

Já o mano Caetano, que agora assina uma coluna aos domingos em O GLOBO, mandou essa nas páginas da Bilboard Brasil: “O Creative Commons ficou ligado através do Gil e do Hermano [Vianna, antropólogo], ao Ministério do Gil. Pra mim a questão do Creative Commons não é tão relevante assim, mas o assunto é.

Eu acho que os americanos nasceram no mundo do copyright e a gente no mundo do direito do autor. A filosofia do direito do autor é do autor; copyright é direito de cópia. O que não quer dizer que o Creative Commons não seja adaptável a um lugar cuja legislação se baseie no direito do autor e não no copyright. Se alguém ganha dinheiro com aquilo, de algum modo, o autor tem que ganhar. E a ideia de autor, mesmo sob um ponto de vista filosófico, também precisa ser defendida contra um folclore de que ‘tudo é de todo mundo’. Uma coisa é software livre, mas ‘Saudade da Bahia’ foi composta por Dorival Caymmi, ‘Chega de Saudade’ foi composta por Antonio Carlos Jobim, e ninguém faria igual”.

Viu!? É por isso que sou Ana, Gil e Caetano ao mesmo tempo!

É PROIBIDO PROIBIR 
 
As idéias do artista plástico carioca Hélio Oiticica, mesmo depois de morto e hoje reconhecido mundialmente, continuam provocando interpretações esdrúxulas, como há 43 anos com o famoso estandarte “Seja marginal, seja herói” – uma peça de arte polêmica que Caetano Veloso usou no palco como parte de cenário ao cantar, na boite Sucata, “É proibido proibir”, em 1968. Inspirado nas instalações deste inesquecível e genial artista plástico tropicalista, complementando o cenário do projeto Escadaria do Teatro das Bacabeiras, que tem a assinatura da artista Mariana Espíndola, mandei colocar duas escápulas imperceptíveis nas colunas laterais daquela casa para atar duas redes – numa homenagem nada mais do que justa aos nossos ribeirinhos e irmãos indígenas. Em menos de um mês a reação de quem não tem muito o que fazer brotou: “Furando a parede do Teatro, isso é uma afronta ao nosso patrimônio público”, pra não falar de outras aberrações e aleivosias. Lembra-me o reacionário radialista Randaul Juliano que pediu pelo rádio as prisões de Caetano e Gil, e que vieram a acontecer posteriormente.

É proibido proibir
É proibido proibir...

OS 100 PRIMEIROS DIAS

Zé Miguel fez balanço dos 100 primeiros dias de sua administração à frente da Secult. O saldo foi extremamente positivo, apesar das mentiras e fofocas plantadas por gente enlouquecida ao ver um artista secretário de Estado da Cultura. “A Cultura avançou no governo da mudança. E essa vitória é de todos nós”, revelou à sua trupe reunida quarta-feira no Sambódromo. Zé fez duas importantes viagens nacionais nesse início de governo. A primeira para Belo Horizonte – onde participou do Fórum Nacional de Secretários de Cultura e foi eleito vice-presidente do Fórum que representa a Região Norte. E a segunda viagem à capital federal Brasília, reunindo-se com a bancada do Amapá com fins de articular recursos para a Secult. Nos próximos 100 dias, quem viver verá!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ESTAMOS DE VOLTA...

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...E depois de uma longa ressaca. Agora vamos estar por aqui também - como na letra do Paulo César Pinheiro - perturbando a paz e exigindo o troco. Temos, inclusive, um assunto muito pertinente para tratar nesta página: é o policiamento da Arte. Polícia para quem precisa de polícia, nunca à Arte e à liberdade de criação. Se não vira CENSURA. E o espírito da SOLANGE HERNANDES - cruel e implacável censora dos porões da ditadura dos anos 1970 - parece que andou baixando no meio do mundo. Vamos tratar desse assunto aqui em breve e exorcizar esse espírito indesejável. Por enquanto, porém...

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DE VOLTA AO SAMBA

Chico Buarque

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Pensou que eu não vinha mais, pensou
Cansou de esperar por mim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
Eu vim

Fechou o tempo, o salão fechou
Mas eu entro mesmo assim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
Eu vim

Eu sei que fui um impostor
Hipócrita querendo renegar seu amor
Porém me deixe ao menos ser
Pela última vez o seu compositor

Quem vibrou nas minhas mãos
Não vai me largar assim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Preciso lhe falar
Eu vim

Com a flor
Dos acordes que você
Brotando cantou pra mim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
Eu vim

Eu era sem tirar nem pôr
Um pobre de espírito ao desdenhar seu valor
Porém meu samba, o trunfo é seu
Pois quando de uma vez por todas
Eu me for
E o silêncio me abraçar
Você sambará sem mim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
Eu vim