quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CAMILO FULMINA OS "CANDIDATOS DA HARMONIA" NO DEBATE DA TV AMAPÁ



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Aroldo Pedrosacom a bendita graça do Impressão Digital
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O ótimo e esclarecedor debate promovido pela TV Amapá na noite de terça-feira (28), com os candidatos ao governo do Amapá, deixou bem claro o que já se sabia e se comentava abertamente pelos 16 municípios do Estado: que o candidato Lucas Barreto (PTB), junto com Jorge Amanajás (PSDB) e Pedro Paulo (PP) estão indiscutível e entrelaçadamente de um mesmo lado. Camilo Capiberibe (PSB), preparadíssimo no debate, mostrou a população que faz a diferença – ou, para ser mais preciso ainda: FAZ A GRANDE DIFERENÇA. Foi ele - dos três - o único, no debate, a expor com muita clareza o advento da Operação Mãos Limpas, que prendeu “Uma Quadrilha de Excelências” – como diz a manchete de O LIBERAL –, e que, através dos males corrosivos da corrupção, macula o nome de nosso estado e de nossa gente, nacional e internacionalmente. Claro, o Camilo colocou a questão de maneira muito responsável e comedida porque - o programa no horário político da Frente Popular PSB/PT - já vem fazendo isso desde o dia 10 de setembro de 2010 - o dia da arrebentação do tsunami na política amapaense. E bater excessivamente no candidato preso pela Polícia Federal, Pedro Paulo - como muitos queriam, embora já bem informados de tudo –, era perder demasiado tempo deixando questões prioritárias de lado como saúde, habitação, desenvolvimento, assistência social, agricultura e “cultura” – veja só que coisa rara! –, que foi muito bem respondido pelo candidato socialista à infeliz pergunta do candidato do PSDB, ao dizer que o Capi - pela Cultura - não fez absolutamente nada durante o seu governo. Uma afirmação mentirosa e leviana que revela total desconhecimento ao que está aí até hoje nos olhos da gente, a começar pelo Sambódromo e Fortaleza de São José de Macapá (a revitalização interna e o parque de seu entorno). Amanajás deveria pelo menos ter assistido aos programas do horário político “O CAPI QUE FEZ”, que, inclusive, vem ressoando e fixando-se na cabeça de todo mundo como a melhor ideia de marketing de toda essa campanha. E as perguntas de compadre que os “candidatos da harmonia” faziam uns aos outros, pelo amor de Deus... era evidente a cara-sem-vergonha da cumplicidade! O Jorge fazendo proselitismo com o slogan de campanha “O QUE TÁ BOM TEM QUE CONTINUAR” do candidato em cheque Pedro Paulo que, na réplica, auto-exaltou a sua experiência no Executivo, como se nada estivesse acontecendo de extraordinário e de tão ruim e desastroso para o Amapá, a exemplo do desvio de tanto dinheiro público, revelado pela Operação Mãos Limpas. O candidato do PTB também muito indiferente à parceria explícita ali entre os priminhos legítimos Pedro Paulo e Jorge Amanajás, dando margem ao candidato do PP e atual governador de se sentir bem a vontade para colocar o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá no mesmo balaio, onde está essa gente que tanto mal fez e ainda vem fazendo a nossa população. Lucas só se deu conta da sutileza do “abraço harmonioso”, no fim do debate, quando solicitou do mediador direito de reposta. Camilo pediu direito de resposta por ter sido também citado, mas o telespectador sabe que o lado dele é o oposto a toda essa sujeira que está aí. E o mais engraçado de tudo é ver que eles não esquecem nunca o Governo Capiberibe, pois tudo de bom que foi feito está muito presente ainda aí, apesar do Waldez ter tentado apagar algumas de suas grandes obras. O cinismo salta os 8 anos do Governo da Harmonia - que os três juntos deram sustentação - para tentar desqualificar e falar mal da prosperidade e humanização produzidas pelo governo socialista neste estado. E os ataques são sempre em cima do Banap, provado, explicado e repetido zilhões de vezes em apurações de sindicâncias sem nunca ter responsabilizado criminalmente o Capi. Mas, passa campanha e volta campanha e eles batendo sempre na mesma tecla, como se viu no bater de novo do candidato Lucas Barreto. Camilo também mostrou que é bom de pancada ao encurralar o candidato do PTB, levando-o a admitir que foi mesmo nomeado pelos Atos Secretos de José Sarney – aqueles que escandalizaram o país pelas nomeações de tantos amigos e parentes ao Senado Federal. Lucas respondeu com ataques confusos – porém sem o mesmo peso - dizendo que Camilo e a irmã Luciana Capiberibe também foram assessores da presidência do PSB no Senado, “caracterizando nepotismo” – dizia ele - pela influência do pai Capiberibe, vice-presidente do partido socialista. Nada tão comparável ao escândalo e repercussão local/nacional à sua nomeação pelo amigo e senador-presidente daquela casa de leis e – se é que ele não se lembra – da sustentação da AL aos primeiros quatro anos de mandato de Waldez Góes, campeão disparado do nepotismo no Brasil – governo este protegido e apoiado pelo presidente do Senado. O escancaro dos atos no debate serviu para tirar as dúvidas do eleitor que não achava nada de anormal o socialista Randolfe Rodrigues, do PSOL, que sempre foi adversário de Sarney, estar ao lado de Lucas Barreto. Não seriam os OUTROS QUINHENTOS fantasmas da AL do “Jorge Sentou Praça na Operação Mãos Limpas”?!
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Envolver os problemas da CEA e da CAESA ao Governo Capi foi outra grande pisada na bola dos adversários de Camilo no debate. Água e Luz foram prioridades no governo do PDSA, e para todo o interior do Estado. A lâmpada do Amanajás entrando em curto-circuito - com uma boa ducha de água límpida e fria daquele governo sustentável – “apagou a luz” do professor-idealizador do cursinho pré-vestibular gratuito sustentado à base de alguns milhõesde reais pelo governo. Apagado também junto com ele no debate o priminho rico e garanhão Pedro Paulo. Restava então o candidato campeão em todas as pesquisas das intenções de voto, Lucas Barreto, anunciar o seu “ato discretamente suicida” – parafraseando a jornalista Márcia Corrêa no twitter. Naquele momento – tchan-tchan-tchan-tchan (lembrando a quinta sinfonia de Beethoven) -, um turbilhão de luzes inacreditavelmente se acenderam no estúdio da TV Amapá - meninos, eu vi! - iluminando o espírito do Caboco-Mamadô (aquele que realmente mama nas tetas) descendo lá do além e tomando todo o corpo do babalorixá “pai” Lucas possesso, que mandou essa para o Camilo Capiberibe: “Você e o seu pai estão derrotados. E o seu pai Capi vai perder, por causa da sua arrogância!”. O Camilo, meio baratinado com as profecias do babalorixá atuado, só faltou pedir o palpite pra mega-sena milionária acumulada que corre daqui a pouco (a grana, colocando o socialista em pé de igualdade com o porrudo do empresário Jaime Nunes, resolveria na certa os problemas de caixa de campanha para o segundo turno). Mas, não, o Camilo tratou apenas de lembrar ao “pai” Lucas que o Capi está em primeiro lugar nas pesquisas para o Senado, e que para o Governo, eles iam resolver até o próximo dia 3 de outubro. A tréplica "desencarna-fantasma" foi fulminante, tirando o “pai” Lucas Barreto do transe!

ACREDITE...


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Aroldo Pedrosa
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...E não tenha nenhuma dúvida que eles vão estar assim, bem juntinhos, no Segundo Turno destas Eleições.
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A informação de que Waldez Góes vai estar com Lucas Barreto, saiu na coluna From, do jornalista Luiz Melo, no Diário do Amapá. A nota foi publicada na edição do dia 23/09/2010, assim:
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Ontem, depois de gravar programa político para o rádio e televisão, Waldez Góes teria ido tomar chá das 5 com o governamentável Lucas Barreto (PTB). À mesa, como adoçante, um possível apoio do ex-governador a LB, no caso de um segundo turno. Mas sem nenhuma relação com corte do cordão umbilical com Pedro Dias (PP).
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E que “adoçante”, hein?! Acredite...

A IMPRENSA DAQUI E A OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS


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Impressão Digital
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Acabei de dar um rolê no lugar bonito - que, sinceramente, está ficando feio pra cacete! - e, ao retornar, passei em frente à banca de revista do Mercado Central e encontrei o jornal do Roberto Gato - Tribuna Amapaense –, da semana passada, já desbotado pelo sol e com a seguinte manchete sensacionalista: “SALVE-SE QUEM PUDER!”. Na capa, a ilustração do navio Titanic do famoso filme e nos lugares dos protagonistas da película, a bordo os principais políticos do Amapá - incluindo o presidente Lula, o senador Sarney e a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef. Até o socialista Camilo Capiberibe aparece - também numa foto montagem - logo acima ao lado de sua vice, a petista Dora. O Roberto Gato só omitiu do navio à deriva a imagem do Capi que, como todos sabem, está processando o editor por escrever o que não devia sobre ele ali em outras edições. A pior delas foi a tal enquete feita com a “população condenando a entrevista” que o ex-governador concedeu, gentilmente, ao jornal chamando parte desses políticos, apanhados pela Operação Mãos Limpas, de “quadrilha” - o que está sendo confirmado agora (e com todas as letras) que o Capi estava prenhe de razão no que afirmou à entrevista na época. Depois saiu outra edição com fotos de todos os Capiberibes na capa, cuja manchete anunciava que eles eram a família inimiga nº 1 da imprensa. E foi aí – por causa das duas reportagens - que o jornalista dos olhos gateados se deu mal, por ter plantado notícia, isto é, semeado vento e - como diz aquele velho ditado popular - quem semeia vento, nego, colhe sempre tempestades. E são tempestades assim que colocam em cheque a credibilidade do periódico.
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A foto montagem da capa da Tribuna Amapaense – com exceção da imagem do Camilo e da Dora – é do outdoor que está em frente ao Comitê Suprapartidário Pró-Dilma, logo ali, bem pertinho do Largo dos Inocentes (oi! oi! oi!), na Avenida Tiradentes. E a foto do Comitê Suprapartidário é exatamente a que escolhi para ilustrar esta nota. Veja quanta harmonia!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

“É DO PORRUDO ESSE IATE!”


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Domingo eu estava com uns amigos tomando uma cervejinha embaixo da magueira onde se reúne o pessoal do bloco Tu Fucu Pra Mim na Favela, ali na Presidente Vargas, quando de repente passou uma Hilux cabine-dupla-vidro-fumê 2010, rebocando uma lancha que mais parecia o famoso Iate Lady Laura de tão grande. A cena chamou maior atenção ao notarmos o adesivo, tomando toda a lateral da Hilux, com as imagens dos candidatos Lucas Barreto e Jaime Nunes. O espetáculo mastodôntico da esnobação do poder econômico, nesses dias de Operação Mãos Limpas no Amapá, provocou muitos comentários críticos entre as pessoas simples reunidas naquela manhã de domingo. “É do porrudo esse Iate!”, disse um comentarista mais afinado com a sátira política da atualidade.

CAMINHADAS EXTREMAMENTE DISTINTAS


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Duas caminhadas extremamente distintas marcaram a manhã de sábado (25) pelas Ruas Cândido Mendes e São José, nessa reta final de campanha rumo às eleições de 3 de outubro: Jorge 45 (PSDB/PMDB) e Camilo Capiberibe 40 (PSB/PT).
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A caminhada do “Jorge sentou praça na Operação Mãos Limpas”, só de fantasmas reuniu mais de 1.000 – estavam todos lá, mas muito desanimados com os últimos acontecimentos envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa na Operação Mãos Limpas. Eu estava na calçada da Praça Veiga Cabral vendo a caminhada passar com seus fantasmas abatidos empunhando bandeiras azuis que, às vezes, se confundiam com as do Pedro Paulo .
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Logo depois da caminhada apática e vergonhosa do “Jorge sentou praça na Operação Mãos Limpas”, veio a do Camilo Capiberibe 40, de cor amarela e com muita gente alegre e contagiante vindo dos quatro cantos da cidade para dizer que vai votar no próprio Camilo, no Capi, no Marcos, na Janete, na Cristina, no Zé Miguel, no Joel Banha, no Balieiro e em quem mais chegar comprometido em fazer política para o bem da população amapaense. A caminhada atraiu pessoas do comércio que aplaudiram a nossa passagem (eu também estava na caminhada com a Rosa e o Glauber Caetano).
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Agora é esperar o debate da TV Amapá desta terça-feira (28) que vai definir os votos dos indecisos. Os candidatos, além de suas propostas de governo, precisam deixar bem claro com quem estão em relação aos últimos acontecimentos que envergonham o Amapá nacional e internacionalmente.
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Nestas eleições o mínimo que podemos fazer é dizer, através do voto, um sonoro NÃO ROTUNDO a todos esses políticos envolvidos nessa pilantragem tucuju de repercussão internacional, e depois analisar cuidadosamente com quem esses patifes vão estar no segundo turno das eleições. Estirpar tumores malignos da política é dever de todos nós que amamos de verdade o Amapá.
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CAPI E O PROJETO TRANSPARÊNCIA


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Aroldo Pedrosa
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Recebi uma ligação de uma amiga na terça-feira (21) para um bate-papo informal com o ex-senador João Alberto Rodrigues Capiberibe (PSB-AP), sobre o Projeto Transparência, aprovado pelo Congresso Nacional e transformado em lei - a Lei Capiberibe. O projeto já é uma realidade no Brasil porque vem sendo implantado gradativamente pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e nas três esferas: municipal, estadual e federal.
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O Projeto Transparência é uma ideia de vanguarda do Capi, nascido lá pelos idos dos anos 1980 quando ele foi prefeito de Macapá e, como ainda não havia internet na época implantou rusticamente o projeto fazendo a transparência das contas públicas de sua gestão em placas tipo outdoor, distribuídas nas principais ruas da cidade para a população ver e conferir. Depois, a partir de 1999, quando era governador do Estado e a internet chegara por aqui ele então criou o portal da transparência que, apesar de manipulada pelos últimos governantes, resistiu até os dias turbulentos de hoje. Esse projeto foi a principal bandeira do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), que, indiscutivelmente, melhorou a qualidade de vida da população, embora toda essa gente má e corrupta, apanhada pela Operação Mãos Limpas da PF, tenha, nos últimos oito anos, achincalhado o programa com mentiras deslavadas, plantadas e replantadas pelos seus principais líderes políticos (hoje em cheque com as prisões) e ampliada e reverberada por grande parte da imprensa local à custa de muito dinheiro público.
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A boa conversa com o Capi, numa sala confortável e ampla equipada de leptops, câmeras, projetores e luzes de TV - e gente de todos os níveis, ideologias e cores da badalada blogueria tucuju –, foi extremamente esclarecedora sobre o ponto de vista da eficácia e amplitude da ação anti-corrupção de vanguarda do projeto concebido e idealizado pelo ex-senador. E o Capi com aquele jeito peculiar e professoral de ser, abrindo o portal da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) para mostrar a eficiência da transparência do projeto, com a prestação dos gastos detalhados de cada mês na página eletrônica da instituição federal. Em seguida ele abriu o portal do Governo do Amapá, que levou um tempo maior para tomar conta de toda a tela, e aí foi buscar a prestação de contas da Secretaria de Estado da Educação (SEED) com o bombástico superfaturamento do leite – está lá, na maior cara-de-pau, o preço absurdo da tal compra - que abriu precedentes para a denúncia que culminou em tantas prisões. Primeiro foi o blog Notícias Daqui, da Luciana Capiberibe, que postou a notícia abrindo um link para o portal onde se via claramente as cifras da maracutaia. Depois foi a vez do deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), e candidato ao governo nestas eleições, a oficializar a denúncia na Assembleia Legislativa. E o que apareceu de nego, posteriormente, como pai da criança não está no gibi! O deputado Moisés Souza, do PSC (que hoje não dá mais um pio por fazer parte da chamada “harmonia”), e o presidente da AL, Jorge Amanajás, candidato ao governo e envolvido na Operação Mãos Limpas com os seus mil fantasmas, são os mais cínicos.
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Recordo-me que no ano 2000, com a vinda da CPI do Narcotráfico ao Amapá, o presidente do Tribunal de Contas Júlio Miranda - preso pela Operação Mãos Limpas - era acusado naquela época de crimes envolvendo o narcotráfico, ele era conselheiro do Tribunal de Contas do Amapá e ex-presidente da AL. O depoimento de Júlio Miranda à CPI teve que ser tomado na capital baiana, Salvador, depois de ele dar um drible danado numa equipe de reportagem, a qual eu também fazia parte como repórter, que se mandou daqui para Ponta Grossa, no Paraná, onde, inicialmente, estava marcado o depoimento dele e da presidente do Tribunal de Contas, Margarete Salomão, também notificada pela CPI. Eles mudaram o depoimento poucas horas antes e para o dia seguinte em Salvador, na tentativa de evitar a cobertura de nossa reportagem. Mas foi em vão porque chegamos à capital baiana na hora certa para cobrir os fatos. Nessa época o Capi era acusado de brigão, rancoroso, desarmônico e não sei mais o quê, porque não fazia o jogo deles que queriam para as instituições as quais pertenciam rios e mais rios de dinheiro. E o Capi não dava e muito menos aceitava negociatas. Dava o que constitucionalmente cabia a elas. E eles tentaram de tudo para desestabilizar o seu governo, até de lhe arrancar da cadeira do Setentrião com um impeachment forjado, que a Justiça do Estado, ao detectar a falta de consistência na reunião das provas armadas o tornou imediatamente sem nenhum efeito. Hoje vendo a prisão de Júlio Miranda e a apreensão dos carros de luxo em João Pessoa (PB) no valor de milhões de reais e mais um avião a jato que vale uma fortuna, adquiridos com dinheiro da corrupção, chego à conclusão de que cumpria legalmente o meu dever de profissional honrado da imprensa atrás daquele ex-presidente e conselheiro fujão fora-da-lei.
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Mas, de volta ao papo-firmeza com o ex-guerrilheiro sobre suas ideias criativas de vanguarda para o Brasil do Século 21...
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Todo mundo sabe e certamente viu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no fim da competição mundial de futebol na África do Sul anunciar a Copa do Mundo de 2014 que será aqui no Brasil. Lula, em alto e bom som para o mundo todo, disse que o governo do PT vai criar um portal para pôr todos os gastos referentes à Copa do Mundo na internet. Ou seja, indiretamente, declarou que vai adotar a Lei Capiberibe. Por isso o presidente petista aparecer na TV pedindo votos para o senador que não usa cuecas Gilvam Borges (PMDB) e o ex-governador Waldez Góes (este apanhado também pela Operação Mãos Limpas) não tem o menor peso. Até porque, com a prisão do candidato pedetista, o senhor presidente da República, convertido em cabo eleitoral no horário político do Amapá a pedido de Sarney, sem a menor consistência desaba, imprimindo assim um efeito maior ao seu discurso da África do Sul sobre a transparência.
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Uma de minhas intervenções no bate-papo com o Capi foi para querer saber sobre a transparência dos impostos nas embalagens dos produtos de consumo, que sabia ser um dos itens complementares do seu projeto. Capi informou que o Projeto Transparência, até ser aplicado em toda a sua totalidade, demandará tempo, e que a idéia do valor dos impostos imprimidos na embalagem dos produtos será para uma segunda etapa que, para isso, ele precisa voltar ao Senado para dar continuidade à realização de sua utopia maior.
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No final fiz questão de dar o meu depoimento sobre o importante encontro, dizendo que sou admirador dessas ideias e ideais de vanguarda para que o Brasil, por exemplo, que adota a Lei Capiberibe nesses tempos turbulentos de crises nas instituições e sem precedentes em nossa história, possa nos dar a esperança de ter um futuro melhor pelo menos para os nossos filhos. E disse também que tinha muito orgulho de ver um projeto de tamanha envergadura e relevância para o Brasil convertido em lei, concebido pela cabeça de um homem público guerreiro e guerrilheiro do Amapá, o qual – sinceramente - deposito a maior confiança e em quem eu vou votar nas eleições de 3 de outubro para o Senado, por saber ainda que não há em nenhum outro país do mundo - a não ser no Brasil -, o Projeto Transparência.
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Desse modo... Ave, Capi 401!

E REAL...

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Impressão Digital
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É... mas... com o detector que a mais-que-demais Patrícia Poeta me mandou lá do Fantástico, eu não consegui pegar nenhum hoje à tarde lá na AL. Estavam todos na campanha do Jorge - anjo 45, o cara que aparece na TV falando que vai fazer tudo no Amapá - e real -, incluindo aí os 1.000 ou mais fantasmas... que ele pretende multiplicar por mais ou menos uns 400 mil eleitores.

MIL FANTASMAS NA AL DO AMAPÁ

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Relatório identifica um suposto esquema de desvio de dinheiro com uso de nomes fictícios em cargos de confiança.
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Vannildo Mendes – O Estado de S.Paulo
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Com capacidade para acomodar no máximo mil pessoas em condições normais, a Assembleia Legislativa do Amapá tem 2.491 servidores na folha salarial, cujo gasto está acima do limite autorizado pela lei de responsabilidade fiscal. Laudo da Polícia Federal, ao qual o Estado teve acesso, constatou que por trás do inchaço existem cerca de mil servidores fantasmas e suposto esquema de desvio de dinheiro com uso de nomes fictícios “plantados” nas cotas de cargos de confiança de parlamentares e dirigentes da Casa.
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Essas irregularidades serão investigadas na segunda fase da Operação Mãos Limpas. O presidente da Casa, Jorge Amanajás, negou as acusações. O ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito, determinou novas diligências e apreensão de documentos.
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Desencadeada em 10 de setembro, a operação constatou que a corrupção no governo do Amapá é generalizada. Foram presas 18 pessoas entre elas o governador Pedro Paulo Dias (PP) e altos dirigentes públicos. A PF estima que a quadrilha desviou em pouco mais de um ano cerca de R$ 300 milhões.
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O STJ já libertou 16 suspeitos, entre os quais o governador e o ex, Waldez Góes (PDT), que retornaram ao Estado. Dias, candidato à reeleição, e Góes, que disputa vaga no Senado, retomam a campanha após dez dias presos. O ministro decidiu transformar a prisão de outros dois em preventiva, por 30 dias, ao entender que, soltos, eles poderiam apagar provas e obstruir as investigações – são eles o secretário de Segurança do Amapá, Aldo Alves Ferreira, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio Coelho.
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Na Assembleia, segundo a PF, o desvio de dinheiro se dava de diversas maneiras – vantagens indevidas, verbas de gabinete superestimadas, indenizações por gastos fictícios e uma extensa folha de funcionários fantasmas.
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Alguns casos desafiam até leis da física. A dentista Caroline Santana ocupa desde 2004 função comissionada na Assembleia. Ocorre que desde 2008 ela exerce o cargo de oficial dentista da Marinha, em Brasília, onde dá expediente de segunda a sexta-feira no Hospital Naval, a cerca de 3 mil quilômetros de Macapá.
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Em 2009, ela foi até promovida ao posto de 1º tenente. “Não fosse a distância, talvez pudesse haver compatibilidade de horários”, observa o relatório. Mas ainda assim haveria outro problema: o duplo emprego em órgão público, proibido por lei.
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Caroline é filha do deputado Jorge Salomão, o Pingola, indiciado na CPI do Narcotráfico e irmão de Margareth Salomão, conselheira do TCE do Amapá, que a PF identificou como “bunker” usado para legitimar desvios de dinheiro. Uma tia e outros parentes que trabalham no tribunal, segundo a PF, “provavelmente esqueceram que a sobrinha havia entrado para a Marinha” e aprovaram as contas da Assembleia “sem quaisquer restrições”.
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A Marinha informou ao Ministério Público que vai abrir sindicância para verificar se a oficial está envolvida na fraude ou se teve o nome usado indevidamente pelos fraudadores.
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TRECHO
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10.1.8) Outro fator que causa certo “espanto” é o fato de que o Órgão fiscalizador das contas da ALEAP, o TCE, ser composto de vários parentes de CAROLINE, os quais, durante o exame de contas da ALEAP, provavelmente “esqueceram” que sua sobrinha havia entrado para a Marinha do Brasil e por isso as Contas da ALEAP foram aprovadas sem quaisquer restrições.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O CAÇADOR DE FANTASMAS E PATRÍCIA POETA


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Impressão Digital
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Quem quiser me conhecer pessoalmente (oi! oi! oi!), aviso: vou estar nesta quinta-feira (23) na Assembleia Legislativa do Amapá, no finzinho da tarde de Equinócio, com o poderoso detector de fantasmas que a Patrícia Poeta (me segura que eu vou dar um troço!) me mandou lá do Fantástico. A deusa da Rede Globo e da beleza, sabendo das almas depenadas e safadas que há anos vagueiam pelos lugares mais escuros daquela nossa casa de leis, pegou da sorumbática reportagem de Londres, apresentada na edição do Fantástico do último domingo, e me mandou via-Sedex. Essa Patrícia Poeta é um anjo!
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Agora SÃO OUTROS 1.500... Estou armado até os dentes para descobrir ou enfrentar essas criaturas sinistras que também vivem atormentando os pouquíssimos parlamentares de oposição lá nas trevas da AL. Se a poderosa engenhoca de fabricação britânica detectar pelo menos 1.000 FANTASMAS, eu vou solicitar do presidente Jorge Amanajás (e do ex-presidente Lucas Ato - alto lá! - Secreto também) - antes das eleições de 3 de outubro, naturalmente - uma sessão extraordinária todinha só para ela, a divina Patrícia Poeta. Parece que eu tô vendo o JN no ar - pela terceira vez em Macapá - cobrindo o beijo FANTÁSTICO que eu vou dar naquela boca carnuda-vermelha-papoula-enfebrecida!
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Para que a missão de amanhã dê tudo certo, vou ter o amoroso Gasparzinho como meu guia-escudeiro. Salve, salve meu fantasminha camarada!
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Mas, me diga aí... a Patrícia Poeta é ou não é uma delícia?
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Huuuummmmmmm... Uma delícia!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

SUCUPIRA NA PLANÍCIE DO MEIO DO MUNDO


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Impressão Digital
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Aos poucos vou me adaptando ao ritmo da minha querida Macapá nesses tempos do cólera... - ôpa, perdão, estou com o Gabriel Garcia Marquez e a antiga Mazagão na cabeça! Queria, na verdade, escrever: nesses tempos de Operação Mãos Limpas, que, apesar dessas falcatruas todas envolvendo as instituições de nosso Estado, de fazer inveja até mesmo aos Rorizes e Arrudas da vida, e colocar o Amapá que a gente tanto ama nas principais manchetes dos jornais, rádios e televisões do país – e na internet do mundo todo -, é de fazer um bem danado a todos nós, nascidos ou não aqui, que trabalhamos e cumprimos com as nossas obrigações e deveres.
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Mas, ontem – 20 de setembro de 2010 – com a volta dos protagonistas desse espetacular, porém triste e lamentável enredo, com o advento e exibição daquela carreata interminável de automóveis de luxo e bandeiras e panfletos e manifestações emocionadas à flor da pele de solidariedade e apoio, com alguns bons atores coadjuvantes na cena indo às lágrimas, e ainda com trilha sonora composta, tocada e interpretada por nosso artista maior Osmar Júnior – o criador de Igarapé das Mulheres -, eu fiquei ali à beira da Avenida FAB, próximo à Praça da Bandeira, assistindo a BANDA-LHEIRA da corrupção passar, paralisado como uma estátua viva e... completamente abestalhado – para usar um adjetivo sentimental bem amazônico.
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Pela manhã desta terça-feira, entretanto, ouvindo o ótimo e transparente programa de rádio Café com Notícias (94,5 Equatorial FM), das meninas Márcia Corrêa e Ana Girlene (ah! essas, sim, dois brotos da comunicação tucuju...) ouvi a participação de um ouvinte apoplético, narrando um episódio inusitado acontecido por volta das 18h30 de ontem na secular Igreja Matriz de São José. O ouvinte contou que estava na missa de aniversário de morte de um ente querido seu a qual teve duração de pouco menos de meia hora, porque a produção do programa da campanha O QUE TÁ BOM TEM QUE CONTINUAR chegou lá para gravar as cenas das orações de Pedro Paulo e Waldez Góes, para o programa político que deve ir ao ar amanhã. Aliás, a prévia da “oração do pau oco” (que terá unção também de pastor evangélico – desta vez ele não vai chutar a imagem da santa) foi veiculada ontem mesmo no horário político, que assisti. Demais para as nossas emoções indomáveis, não!?
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Trocando em miúdos (sem querer me ater ao contexto e relevância do passado histórico): os portugueses não trouxeram de Marrocos (África), em 1770, de caravela, a antiga Mazagão para o Amapá? Ora, porque então essa quadrilha de excelências, apanhada pela Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, não pode ter a mirabolante imaginação de trazer da Papuda do Planalto Central, de boing, a velha Sucupira para a Planície do Meio do Mundo? Na boca da noite de ontem parece-me que a famosa novela global do saudoso Dias Gomes - transformada agora em cinema e (que coincidência!) com estreia nacional - voltou às telas no Vale a Pena Ver de Novo desse inacreditável Programa Amapaense da Política do Vale Tudo.
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O autor do artigo - como as andorinhas do cruzamento da Cândido Mendes com a Padre Júlio - veio de algum lugar, para se tornar o ombudsman do Navegando na Vanguarda.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

IMPRESSÃO DIGITAL ESTÁ DE VOLTA


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Depois que o STF acabou com a censura imposta contra o direito de liberdade de se fazer humor crítico com quem quer que seja no período eleitoral, o Impressão Digital – um cara que, alguns anos atrás, chafurdou blogs panfletários tucujus disfarçados de imprensa independente – está de volta, e vem com suas impressões digitais mais apuradas e afiadas do que nunca, analisando principalmente o que a nossa imprensa vem tratando em seus veículos sobre o processo eleitoral em curso e a Operação Mãos Limpas deflagrada pela Polícia Federal que prendeu um bando de gente importante no Amapá, implodindo inclusive candidaturas dadas como certas de vitória pela força de tanta grana desviada e derramada feito água suja de lama da Caesa que hoje cai pelas nossas torneiras. O destemido implacável Impressão Digital aporta na cidade cortada pela linha imaginária do Equador aparentemente manso, como na letra da canção de Jorge Ben Jor que diz...
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Ele chegou descontraído
Chegou filosofando num tom de voz meio angelical
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E olha aí embaixo a primeira arpoada digital do camarada que não esconde que é de esquerda desde pequenininho...
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OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS AQUI... COMO!?

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Impressão Digital
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O governador do Amapá - candidato à reeleição apoiado pelo Jornal do Dia - foi preso pela Polícia Federal sob acusação de desvio de dinheiro público, e, ao invés de celebrar a operação, o jornal pede que a gente sofra com ele. E na reportagem tenta colocar o ex-governador Capiberibe (PSB) no meio da turma em que também estão o ex-governador Waldez Góes – candidato pelo PDT ao Senado -, a ex-primeira dama Marília Góes – candidata a deputada estadual também pelo PDT – e os ex-secretários Adauton Bittencourt (Educação) e Aldo Alves Ferreira (Segurança Pública), entre outros presos. E logo o Capi que, por enfrentar os provocadores desses desmandos todos, sempre foi acusado (inclusive pelo próprio Jornal do Dia) de inimigo da chamada “harmonia” - a boníssima (oi! oi! oi!) relação entre os poderes do Amapá, arquitetada pelo ex-governador pedetista regada a muita grana. Na Operação Mãos Limpas estão envolvidos ainda o presidente do Tribunal de Contas Julio Miranda (que está preso) e o presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Jorge Amanajás, candidato ao governo pelo PSDB nestas eleições e ouvido pela PF pelo suposto envolvimento daquela casa de leis às mesmas maracutaias.
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Nas conversas telefônicas grampeadas - e agora, gradativamente, sendo divulgadas pela imprensa nacional - aparece o nome do desembargador Gilberto Pinheiro, citado numa conversa que vem sendo interpretada pela população como tráfico de influência ao suposto pagamento do aluguel de seis meses de uma tal de Ana Paula, pela Secretaria de Saúde, quando Pedro Paulo era ainda o secretário (a reportagem está postada em vários sites com a transcrição das conversas). Gilberto Pinheiro – só pra lembrar – é aquele desembargador que se recusou a cumprimentar o Capi na diplomação dos eleitos de 2002, em cerimônia realizada no Teatro das Bacabeiras. E a entrevista do desembargador empossado governador - Dôglas Evangelista Ramos (também nas conversas gravadas pela PF) - a revista VEJA, defendendo a quadrilha de excelências com ataques ao ex-governador Capiberibe, tem coisa mais explícita do tamanho dessa harmonia orquestrada no Amapá nos últimos oito anos? Na entrevista, “o desembargador aloprado” – segundo o site Notícias Daqui – diz que essa roubalheira toda vem acontecendo por aqui desde o Governo Capiberibe. O Capi pediu direito de resposta à VEJA, indagando: “Por que o desembargador não me denunciou na época?”. Conforme a revista, o governador em exercício vai ter que responder essa pergunta à própria Justiça, porque o Capi anunciou que vai processá-lo.
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No blog da Alcineia Cavalcante outra reportagem maquiada e tendenciosa. Analisando o horário político de um candidato que mostrou o Jorge Amanajás dizendo que sempre apoiou o governador Waldez Góes (uma verdade absoluta e incontestável), a jornalista escreve que o Capi também apoiou o Waldez quando este foi candidato a prefeito de Macapá, como se esse apoio fosse exatamente a mesma coisa. Para refrescar a memória outra vez: o Waldez não foi eleito prefeito, e logo depois traiu o Capi, tornando-se a partir daí o seu principal adversário. A Alcineia - que faz essas comparações às vésperas das eleições, tal qual o Jornal do Dia que apoia o José Sarney (inimigo nº 1 do Capi) - se acha a dona-da-cocada-preta dos blogs tucujus, porque nas eleições de 2006, por fazer campanha contra Sarney, acabou processada pelos advogados do senador maranhense. Dizem que o processo beira o milhão. Depois disso – estranhamente – passou a chamar a velha raposa da política brasileira de “fofo” – insinuando está proibida de escrever o nome dele no blog. Ora, “fofo” eu chamo carinhosamente para um amiguinho super-bacana do filho de um amigo-irmão da guerrilha cultural, por ele ser assim gordinho, conversador e bem-humorado como o Jô. “Fofo” para o amigo e aliado de toda essa canalha presa e que agora está (dizem) por trás da candidatura do petebista Lucas Barreto, ao governo do Estado, e que tem também o bonitinho do Randolfe Rodrigues (PSOL), candidato a uma das duas vagas ao Senado Federal. Candidaturas que têm ainda a ex-burguesinha do PSB, Alcilene Cavalcante (irmã de Alcineia), dando a maior força na campanha. A burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinhaaaaa... parece não ter suportado a convivência de gente muito simples por mais tempo e vazou de lá, do PSB, para se juntar à trupe cheia de gás e de grana do poderoso – e do porrudo! - Papai Noel dos eletrodomésticos do umbigo do mundo. Mas, voltando ao vocabulário doce da jornalista Alcineia: à tropa truculenta do Dalua – aquele paspalhão de O Troco - ela chama de “meninos”. Ai essa tropa de meninos da propina sem-vergonha da comunicação do rádio e da televisão! Pelo visto, esses pivetes agora vão ter que ir mesmo é para um bom reformatório, já que os seus papais governadores apanhados pela Operação Mãos Limpas, mesmo libertados da Papuda e de volta ao aconchego de seus lares, vão estar sem tempo para niná-los com o “Olha aí/ É o meu guri...” nesse finzinho turbulento de campanha. E quem vai me dizer que, passada as eleições, eles não voltam pra lá de novo?
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Escrever essas verdades é comprar briga certa com a dona-da-cocada-preta dos blogs tucujus. A legião de blogueiras que vai se levantar e se juntar na construção de um muro virtual de proteção à rainha – parece que já estou vendo – é grande. Mas eu não me importo porque agora eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge – que não é de jeito nenhum desse que está aí no horário político, mas daquele santo guerreiro, montado num cavalo imaculado, que enfrenta até dragão que cospe fogo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ENQUANTO ISSO EM GOTHAM CITY...

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O grande vexame e vergonha para todos nós - a propósito da matéria abaixo postada -, é ter ainda que assistir, exaustivamente na propaganda política local, Luiz Inácio Lula da Silva pedindo votos para o ex-governador e candidato ao Senado, Waldez Góes, preso pela PF na operação Mãos Limpas. O presidente da República pede também votos para Gilvam Borges (PMDB) - aquele senador do Amapá que declarou à VEJA que não usa cuecas de jeito nenhum. Os comentários pelas esquinas da cidade - te manca! - é que Lula fez isso a pedido do Sarney.
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Pois é... é nisso que dá, não vir mais ao Amapá para se certificar das bandalheiras e maracutaias e acreditar nesses Coringas e Pinguins de Gotham City do Meio do Mundo...
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Nestas eleições eu vou continuar votando no CAPI, que é o cara que sempre enfrentou essa quadrilha de malfeitores corruptos que "azularam", de 2003 para cá, a Gotham City dos Trópicos. Só que agora - 1, 2, 3... - eles começam a ir de fato para o xadrez. Toma-te!
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Nota do Editor: azular hoje, por aqui, é o mesmo que saquear, assaltar os cofres públicos.

LULA: "SE FOR BANDIDO E A GENTE DESCOBRIR, A GENTE PEGA"

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Em discurso na segunda-feira (13), em Criciúma (SC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que bandido no Brasil não tem a chance de não ser preso. Ao fazer a afirmação, o presidente citou a prisão do governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), ocorrida durante a Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal.
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- Quando tem roubo a gente pega, vocês viram o que aconteceu agora no Amapá – observou Lula. – Só tem um jeito de bandido não ser preso nesse país, é ele não ser bandido, porque se for bandido e a gente descobrir, a gente pega.
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Lula disse ainda que nem sempre o combate à corrupção foi tão duro.
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- Houve um tempo que não era assim, era mais fácil levantar o tapete e jogar para baixo, agora não.
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ELEIÇÕES 2010
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O presidente também falou sobre a campanha política, e afirmou que a única coisa que as pessoas não podem prescindir nesse período é de falar a verdade.
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– Em campanhas políticas, as pessoas podem falar tudo, a única coisa que as pessoas não podem prescindir é de falar a verdade – afirmou o presidente. – Sei que a verdade é dura, dói, mas se os políticos falassem mais a verdade, possivelmente o povo tivesse mais condições de escolher melhores políticos em época de eleição.

GOVERNADOR DO AMAPÁ QUERIA EMBOLSAR US$ 10 MILHÕES, DIZ PF

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DE BRASÍLIA
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O governador do Amapá e candidato à reeleição, Pedro Paulo Dias (PP), pretendia ficar com pelo menos US$ 10 milhões que uma empresa doaria para sua campanha. A informação, obtida pela Polícia Federal em 2009, consta do inquérito da Operação Mãos Limpas.
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Dias e mais 17 pessoas foram presas temporariamente na sexta suspeitas de vários crimes, entre eles corrupção.
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O dinheiro que o governador Dias negociava viria do grupo Salim, da Indonésia, que tem a intenção de investir no Brasil, segundo a PF.
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Em novembro do ano passado, quando ainda era secretário de Saúde e vice-governador, Dias foi para o país asiático e de lá conversou com uma de suas assessoras, Lívia Gato de Mello. Ele revelou que a intenção era conseguir US$ 30 milhões para sua campanha deste ano.
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Nas conversas com a assessora, Dias diz que o valor seria baixo para o grupo que pretende adquirir terras no Brasil para negócios na área de alimentação. No diálogo, Dias diz que gastaria US$ 20 milhões em sua campanha, revelando a intenção de ficar com o restante.
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A Folha ligou para a advogada do governador, Patrícia Aguiar, que não respondeu.
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PRISÃO
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha determinou ontem que Dias continue preso na sede da PF, em Brasília, onde está desde sexta-feira.
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Além dele, foram mantidas as prisões do ex-governador Waldez Goes (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Julio de Miranda, do secretário de Segurança Pública, Aldo Alves Ferreira, da mulher do ex-governador, Marília Goes, e do empresário Alexandre Albuquerque.
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O ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), já havia negado a revogação da prisão feito pelos advogados de Goes.
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A PF encontrou ontem CDs escondidos durante blitz na secretaria estadual de Planejamento, um dos alvos da operação policial.
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IMPEACHMENT
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O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá e candidato ao governo estadual, Jorge Amanajás (PSDB), encaminhará a uma comissão especial o pedido de impeachment de Dias.
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Seguindo o rito comum, a comissão ouvirá preliminarmente a defesa e fará um parecer sobre o afastamento ou não de Dias, que está detido em Brasília.
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Matéria publicada no site da Folha de S. Paulo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

GOVERNADOR DO AMAPÁ PEDRO PAULO E EX-GOVERNADOR WALDEZ GÓES PRESOS PELA POLÍCIA FEDERAL

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Agência Estado
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O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), foi preso na manhã de hoje em Macapá, capital do Estado, durante a Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo da operação é prender uma organização criminosa, composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, que praticava desvio de recursos públicos do Estado do Amapá e da União.
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As investigações, que contaram com o auxílio da Receita Federal, Controladoria-Geral da União e do Banco Central (BC), começaram em agosto do ano passado. Foram apurados indícios de um esquema de desvio de recursos da União, que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
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De acordo com a PF, a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitava as formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa de segurança e vigilância privada, segundo a polícia, manteve contrato emergencial por três anos com a secretaria, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
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De acordo com as investigações, foi constatado que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. Foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
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Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do Estado do Amapá, os mandados estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria-Geral da União.
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Os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
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Outros que também foram presos pela Operação Mãos Limpas: o ex-governador do Amapá e candidato ao Senado Federal, Waldez Góes (PDT) e a ex-primeira dama do Estado, Marília Góes (PDT), candidata a deputada estadual.